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AFF! AVANTI!

Ainda tenho a carteirinha de sócia da AFE - Associação Ferroviária de Esportes. Na infância araraquarense, frequentava com meus irmãos as piscinas da sede da Fonte Luminosa. O estádio de futebol – hoje Arena da Fonte —, frequentei-o várias vezes. A primeira, com meu pai e meu irmão — ambos corintianos —, numa tarde ensolarada de domingo, para — não sem insistência de minha parte — assistir a um jogo de futebol. Depois, assisti a um ou outro jogo, quando eles aceitavam que eu os acompanhasse. Sempre torcendo pela Ferroviária. Mas o estádio ficou marcado na memória por outro motivo. Lá estive repetidas vezes, no final dos anos 1960, como aluna dos cursos ginasial e colegial do Instituto de Educação Bento de Abreu. A professora de Educação Física, Dona Eulália Schiavon, organizava e realizava anualmente a Festa da Ginástica. Eram meses de preparação da coreografia específica para cada turma e meses de ensaios, inicialmente na quadra da escola e, pouco antes da apresentação, no campo da Ferroviária. Era um acontecimento na cidade. Arquibancadas lotadas, e o gramado enorme coberto por estudantes compenetrados e disciplinados, com uniformes coloridos e instrumentos enfeitados, sob a batuta de Dona Eulália e ao ritmo da música tocada ao vivo pelo pianista Eugênio Benetti.

De ginástica, gosto muito e faço rotineiramente. Quanto a torcer pela AFE, não lembro exatamente quando a troquei pelo Palmeiras, time de tradição da família materna — tutti buona gente. Foi conversão definitiva, mesmo sem carteirinha de sócia e sem ter assistido a jogos na arena desse time paulistano. Mas, quando os dois se enfrentam em partida de campeonato — como hoje em que, ainda por cima, o jogo é na Arena da Fonte —, provocam-me boas recordações e talvez um dilema. Acho que ainda fico um pouco dividida entre fidelidade ao time grená e branco da infância ou ao time alviverde da maturidade. Só até lembrar que não sou saudosista. Aff! O que passou passou. Avanti!

Maria Mortatti – 16.2.2022