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MEDITAÇÕES - VI

Concluído o projeto!
Portão aberto.
Rua tão perto.
Por que o passo incerto,
o coração inquieto
e a esperança inliberta?

Maria Mortatti - 20/06/2020

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Estas meditações em torno da clausura são afagadas por reiterativa e persistente esperança, apesar da exasperante pandemia e do torturante pandemônio do desgoverno de nosso país.
Devo-as à conversa com um querido amigo, que me deu um presente iluminado de esperança: incluiu-me entre as pessoas que queria e sentiu ao seu lado, quando se descobriu redivivo ao despertar de estado de inconsciência.
Com a esperança alimentada pela amizade, lembramos a crueldade do Grande Inquisidor no conto “A tortura da esperança”, de L'Isle Adam*. E reafirmamos a necessidade de resistir ao medo e enfrentar as armadilhas do abraço ameaçador da desesperança, para ousarmos transpor o portal para a liberdade.
“Ao amigo, com afeto”: esse pode ser o título das meditações neste sábado de solstício de inverno. Como um modesto agradecimento pela reiteração da esperança e magnífica celebração da vida com que ele me presenteou.

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* Auguste Villiers de L'Isle Adam (1838-1889). Tradução em português, espanhol e inglês do conto "A tortura da (pela) esperança" está disponível em: http://totodenadie.blogspot.com/.../villiers-de-lisle...



Fonte das imagens: Acervo pessoal de Maria Mortatti