Pesquisar neste Blog

BEATRIZ

Foi assim: depois de um dia de muito trabalho, assisti à sessão de lançamento de livro de poemas. A autora mencionou o poeta Jorge de Lima. Acendeu em mim a lembrança de seu poema “O grande circo místico” e da saga da família Knieps. Busquei-o na estante. Reli. Lembrei do espetáculo “O grande circo místico”, de 1983, com roteiro de Naum Alves de Souza para o Balé Teatro Guaíra e trilha sonora de Chico Buarque e Edu Lobo. Lembrei de “Beatriz” interpretada por Milton Nascimento. Busquei meu LP. Ouvi de novo e de novo. Lembrei do dueto original. Localizei o vídeo. Assisti de novo. Lembrei dos meus “Mulher umedecida” (Scortecci, 2020) e “Breviário amoroso de Sóror Beatriz” (Patuá, 2019). Reli poemas de um e de outro. Revivi a saga amorosa de uma e de outra. Com elas "dancei no arame", “sempre por um triz”. E, nas “levitações que a plateia pensa ser truque”, Beatriz me reconduziu ao paraíso da poesia. Foi assim.

Maria Mortatti – 24.09.2020